quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nós podemos resolver o que precisamos

Entrevista de emprego não é fácil e requer muita mentira e dedicação. Como vocês não sabem, estou desempregada jogando wow há 2 meses e meio. Até meados de Agosto, trabalhava na Natura na sala de imprensa implementando o banco de dados da mesma. Recebi uma ligação ontem com uma proposta bem diver ($$$$$$$$$$$) de emprego e estava completamente empolgada. Veja bem, eu não gosto de estar sem fazer nada. Embora a faculdade me ocupe um bocado de tempo, ainda me sobra um monte de horas para gastar. E como nem tudo na vida é WoW, Miss Bimbo (Google,se for homem. Se for mulher meaddqueeuteadd), Twitter e seriados, preciso ocupar um tempo ou fico histérica e começo a postar muito no blog (vide esse blog cuja idéia inicial era postar de madrugada, uma vez que é quando estou com insônia :)). Mas vamos ao que interessa..

.... saindo do dentista, para mais uma sessão de clareamento dental, eu.. perai. Veja bem. Meus dentes não são verdes, ok? (não sei porque to me explicando uma vez que meu blog só tem um leitor e este conhece meus dentes rssss). Saindo do dentista, vim para casa a fim de passar o tempo assistindo algum seriado enquanto dava a hora de ir para a entrevista. Quando estou naqueles momentos em que não tem nenhum episódio novo de nenhum seriado que eu assista (e , meu filho, são muitos) , eu parto para a lista dos pré-conceitos: aqueles seriados que eu descartei de assistir ou porque não gostei do nome, ou porque algum idiota indicou (e quem liga pras indicações de um idiota?) ou porque já foi cancelado e eu sou uma pessoa racional que não gosta de investir fundo num relacionamento que não tem mais solução.

Eis que me vem a cabeça GLEE. Tipo assim, eu achei esse nome mó podrão. "GLEE". Nem fui atrás da história porque obviamente não poderia vir nada legal de um seriado chamado GLEE. Mas eu tava com tempo livre, internet de 12 megas, e minha timeline tava cheidigente trabalhando, ou seja, vazia. Sobre a série: Não tenho mais saco pra esses clichês de popular que queria fazer artes e nerd disfarçada de feia. Vamos criar outros estereótipos?

Sobre o que realmente interessa: 14h05. Como toda entrevistada, eu saí procurando dicas de como não fuder na entrevista. Pus um vestido, uma meia-calça preta ,uma maquiagem básica na maior vibe oi-nasci-assim e um salto alto de tamanho médio tipo 9cm, o que é mó ajuda para alguém que mede 1m81 tá, tá, menos 22cm.. Meti um sobretudo marrom por cima porque combina com tudo e dá aquele ar elegante. Li isso num livro.

Dica número 1 para quem vai numa entrevista: abre a janela, imbecil. Perceba que o fato do dia ter amanhecido um frio do caralho ou sua casa ser aquelas de piso geladinho não significa necessariamente que lá fora o tempo está do mesmo jeito. Talvez, só talvez, o mundo não gira em torno da porra do lugar que você se encontra.

Um amigo me disse "Má, se eu puder te dar um conselho: não seja você mesma". Mas eu fui. Eu fui porque sou autêntica, tenho personalidade forte, tenho estilo e se você não me quiser tem quem queira, gostou?pega a senha pegou vai para o final da fila final da fila agora espera.

Chegando lá, fui bem recebida e encaminhada para sala de espera. Cruzei as pernas porque achei que era o que alguém faria e fiquei olhando para televisão porque achei que era o que fariam,também. Estava MUITO nervosa então comecei a revisar mentalmente as lições de vida que eu aprendi com As Pistas de Blue. Peraí, você não sabe o que é Pistas de Blue?

As Pistas de Blue é um programa infantil de televisão, a tradução em português para o programa estadunidense Blue's Clues, da Nickelodeon, adaptado para Portugal. Trata-se de uma série educativa para crianças dos dois aos cinco anos** onde há informação e aprendizagem de todos os tipos, desde como se prepara uma festa de aniversário, até a preparar a criança para ter um irmão. (Fonte: Wikipedia)

(***AQUI ELES EXAGERARAM OKS?)

Fora as dancinhas e a poltrona das idéias (isso fica para um outro post) que é super viciante, As Pistas de Blue ensina um mandamento que eu levo para a vida toda: Já é hora de ir embora... só uma canção agora... obrigado amiguinhos que usou a cabeça para que eu você e a blue não se esqueça: nós podemos resolver o que precisamos!! Repito mentalmente nos meus momentos de puro pânico e terror e acredite-se-quiser: FUNCIONÃO!.

Algumas pessoas respondem a entrevista normalmente, outros dão o CV e tem aqueles que... vomitam. Sim, eu vomitei. Na mesa, em cima da entrevistadora. Tá, mentira. Eu pedi licença e disse que tava passando mal. Ela apontou o banheiro e eu saí delicadamente correndo que nem uma lontra . Não podem reclamar de falta de criatividade já que deve ter sido a primeira vez que alguém liberou fluídos durante uma entrevista de emprego. VOCÊ FOI DESPEDIDO. Talvez JUSTUS me diria isso, talvez não. - Você tem disponibilidade imediata? - Sim - Ok, gostei de você. Me envie seu CV e em breve terá sua resposta.

E que venha o próximo capítulo...

Think About IT

Com o advento da internet criou-se um mundo dinâmico. Por dinâmico entenda que o jornalismo antigo caiu por Terra. Hoje, qualquer um com uma câmera com algumacoisinhamegapixels e um tom de voz atraente consegue fazer uma reportagenzinha que pode vir a bombar no Youtube por algumas horas. Se acontece um assalto, uma bomba explode ou mesmo um chip é roubado, não dá tempo de bolar toda uma matéria com clichezinhos e tiradas geniais. O mundo mudou. Hoje estamos numa era mais rápida, mais poderosa. Estamos na era SEINFELD. Ou você improvisa, ou você está por fora. Tantas câmeras, tantas pessoas falando sobre a mesma coisa, tantos programas e comunidades interligadas, não existe mais repórteres. TODOS TEM VOZ ATIVA. TODOS POSSUEM OPINIÃO. E nenhum se priva de dar suas opiniões.

Como disse o grande mestre ‘’Todo mundo é um palco. / E acho que agora exageramos no exibicionismo’’. É como se tivesse falando do Twitter, Myspace, Flickr, o Fotolog, o Blog, entre tantos outros og’s. Todas essas ferramentas vieram para permitir que cada pessoa tivesse seu espaço e pudesse vir e falar a que veio. E a maioria o faz. Embora, claro, muitos ainda prefiram utilizar palavras rudes ou de baixo escalão [sic] e outros continuam reproduzindo argumentos e palavras de outros, muitas vezes sem nem fazer uma mínima reflexão em cima disso.

A maioria das coisas que existem no Twitter são RT’s. As pessoas que não pensam por si mesmas são as mesmas que ficam apenas dando RT sem nunca refletir sobre o assunto. Não tenha medo de questionar. Não aceite todas as coisas que são ditas para você. Verdade é só uma mentira dita muitas vezes (Goebbels) ou um ponto de vista diferente. Tenha o seu. E mude-o, quantas vezes achar necessário, quantas vezes você precisar.

Discordo quando dizem que o blog vai acabar ou que a internet não deveria ser uma ferramenta de todos. E discordo daqueles que dizem que daqui uns anos a faculdade de jornalismo vai servir só para alfabetizar os estagiários que ainda pecam nos errinhos ortográficos das páginas iniciais desses sites de notícias famosos, sabe como? NÃO ADIANTA entregar a internet na mão de panaca. Panaca na vida real vai continuar sendo panaca no mundo virtual. Vai continuar falando merda, com a diferença de que aqui na internet é possível parar antes de responder, refletir, procurar palavras que reproduzam melhor o que você gostaria de dizer (ou seja, panaca na internet é mais panaca ainda).

Existe uma linha tênue entre utilizar boas idéias aprendendo com elas e ser uma máquina de reproduzir idéias. Num mundo dinâmico onde a possibilidade de confronto de idéias e a quantidade de pessoas conectadas, a primeira pessoa é interessante. A segunda, não. Pense nisso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O valor da pesquisa rssss

Numa reportagem intitulada "Baladas estão proibidas na semana anterior ao Enem" , tirei um trecho que achei bem interessante:

"A privação de sono também modifica o estado "normal" do estudante: a pessoa que não dorme pode desenvolver primeiro o mau humor; depois, vêm o déficit de atenção, de memória e a dificuldade de planejamento, raciocínio e tomada de decisões. Por último, a parte física pode ser afetada, com o desenvolvimento de alguma doença. As recomendações "dão a impressão de conselho de avó, mas funcionam", diz a pesquisadora."

Opa, desculpaí, eu disse interessante? Eu quis dizer LISHO. Tirando o fato de que cada pessoa age de uma forma diferente e que não necessariamente sair de balada uma semana antes é prejudicial, afinal de contas, ninguém fica de porre a semana toda. A menos, claro, que seja algo diferente...
Masintão, cada pessoa age de um jeito e sabe se guenta ou não pegar no tranco depois de uma baladinha. Até ai, oks. Vamos destrinchar o texto:

"Por último, a parte física pode ser afetada, com o desenvolvimento de alguma doença. As recomendações "dão a impressão de conselho de avó, mas funcionam", diz a pesquisadora."

Q?

Serião... doença? Aimeudeus socorrrrrrr fuinabalada não dormi e peguei doença. E sim, dona pesquisadora, é mó conselho de avó.

Agora vamos dar um salto no universo e pularmos para outra questão, porém que esteja a ver com o mesmo assunto(oi?). Pense em um pesquisador. Pensou? Ok. Todo mundo pensou no Google, certo?

EXATO!

Nome, idade, sexo, ocupação: pesquisador (?). Em um questionário sobre empregos, eu sempre me perguntei que tipo de resposta esses caras dão. Deve ser uma daquelas profissões que ninguém dá valor tipo músico ou analista de sistemas (ques sistemas, mew?). A gente até entendia esses cara na época que a única fonte pros trabalhos era aquela porra daquela Barsa (que era caríssima e só os amigo elite tinham) mas na era digital, com os adventos de Google e Wikipedia, pra que serve um pesquisador? Serião, galera, pra que?

Sabe aquelas estatísticas doidas tipo 80% dos entrevistados escolheram que passar as férias no Equador é mais interessante que uma noite de sexo com o vampiro Edward Cullen, da série Crepúsculo? Vamos combinar, não é a coisa mais difícil de fazer.. não precisa pesquisa , não precisa nem abordar o galerê na rua, só jogar uma enquete no site e fechou.

Mas tá, vamos partir da premissa que eles realmente valem alguma coisa. Não dá para só colocar pesquisador na ocupação. Acho que vale aqui dar aquela enfeitadinha no currículo, típico daquelas pessoas que acham o máximo misturar milhões de profissões e viver numa vibe workaholic-eclética-hiperativa. Tipo "Eu manjo de mídias sociais, polo dance e dou palestra dea arte de pescar utilizando técnicas avançadas de Yoga no Mato Grosso do Sul"